segunda-feira, janeiro 16, 2006

Caminho

Ando, caminho, e já não corro.
Os pés doem-me e sigo uma viagem a sós,
Olho e conto as pedras que piso a custo,
Umas trazem as outras em voz de coro,
Castigando o curso por onde vou,
Ando, caminho, mas não sei onde estou.

3 comentários:

SDF disse...

acontece-me frequentemente...

Lindo, como tudo o que te sai da Alma directamente para o teclado.

Maria Azenha disse...

...por vezes o Silêncio vem também do lado de fora...
mas era só aparência...porque as pedras, a sós, cantavam ...
Falo em voz alta:
"Umas trazem as outras em voz de coro",é o Universo - Todo!
É a força da Carmina Burana !

Dos poemas mais belos que deram Sombra ao Deserto .




***
maat

Maria Carvalho disse...

Precisamente...Beijinhos.