segunda-feira, setembro 11, 2006

11 de Setembro, 5 anos depois

Cumprem-se hoje cinco anos sobre o atentado de 11 de Setembro de 2001, quando dois aviões colidiram com as famosas torres Twin Towers, um dos símbolos de Nova Iorque, enquanto outros 2 aviões se despenham, numa atitude suicida, um contra o edifício do Pentágono e outro algures no solo americano (Pensylvania).
O mundo ficou assim, chocado com a atitude terrorista de um punhado de homens, que aparentemente contra todos os princípios de racionalidade, provocam um abalo na consciência ocidental, abalo esse que se veio repercutir no âmbito político e financeiro internacionais.
Desde então, a palavra "terrorista" passou a significar o alvo a abater, a entidade que ninguém parece conhecer e que todos odeiam, por quaisquer razões mais ou menos claras. "Eles" (os terroristas) passam a estar em toda a parte, e a sua invocação é feita, sempre que politicamente pareça ser mais conveniente.
No entanto, e sem querer apresentar aqui qualquer juízo de valor sobre o sucedido, ocorrem-me algumas questões, para as quais, as respostas nem sempre são as mais evidentes, comportando-se como indícios da menor probabilidade do "tudo é possível".

  • Quanto ganhou George W. Bush em termos políticos com os atentados do 11 de Setembro, em que a "luta contra o terrorismo" lhe abriu portas a uma liberdade de acção com a credibilidade do povo americano, a ponto de, a coberto daquele, poder actuar mais livremente no Afeganistão, no Iraque e em qualquer ponto do globo, indiferente à ilegitimidade e às regras geralmente aceitesde direitos humanos ?

  • Qual o volume financeiro envolvido na indústria militar, decorrente das acções militares subsequentes, envolvidas nas "lutas contra os terroristas" ?

  • Qual a extensão da actuação do governo americano em acções ilegais, envolvendo escutas telefónicas, detenções, interrogatórios, torturas, etc. não autorizados pelos tribunais competentes, a ponto de não se saber exactamente quem foi detido, quem foi escutado, etc., qual regime de terror do qual, qualquer um pode ser vítima ?

  • Quantos milhões de dólares foram, quer movimentados pelas seguradoras, quer não reclamados às mesmas, referentes a seguros accionáveis pelos acontecimentos ?

  • Qual a verdadeira história associada ao ouro supostamente guardado nas caves das torres e cujas quantidades e destino parecem ser parte de um segredo incoerente ?

  • Onde se verificou o maior impacte financeiro e social, em termos negativos, decorrente da reacção dos mercados internacionais dos atentados de 11 de Setembro, na América ou na Europa ?

  • Qual a verdade em relação ao atentado contra o Pentágono, onde várias testemunhas, designadamente bombeiros, referem não ter visto destroços de qualquer avião, além de que a dimensão da área afectada não coincide com a envergadura das asas do avião supostamente utilizado ?

  • Por que razão os meios de defesa aéreos foram inoperantes ?

  • Por que razão, pouco antes dos atentados de 11 de Setembro, se verificaram transacções nos mercados financeiros, aparentemente anómalas ?

  • É inédito na América, um presidente tentar enganar a opinião pública ou serem levado a cabo acções que aparentemente abalam as convicções, quer de exequibilidade quer de esclarecimento, como por exemplo o caso Watergate ou a morte do presidente J. F. Kennedy ?

  • Serão George W. Bush e a sua administração e círculo de influência, entidades credíveis, a julgar por ignorarem as determinações da ONU, por ignorarem o Direito Internacional, por ignorarem os Direitos Humanos, por acções ilegais de escutas telefónicas não autorizadas pelos tribunais, por justificarem a invasão do Iraque com as armas biológicas iraquianas que aparentemente nunca foram encontradas, por garantir a prisão próxima de Osama Bin Laden (que no passado foi suportado pelo governo americano) que nunca ocorreu ?

  • Em termos de "custo" humanitário, para a indústria do armamento ou em termos políticos, que significa a morte de 3.000 ou 4.000 pessoas, quando comparada com a morte de dezenas de milhar de pessoas em intervenções militares, como a do Iraque, sobretudo quando com o sacrifício das primeiras, se obtêm vastos dividendos políticos e estratégicos ?

Em suma, quem de facto, está por detrás dos atentados de 11 de Setembro ?

Não digo que o terrorismo não existe, não digo que os terroristas não andam por aí, não digo que os entendo, mas não obtenho ainda a resposta para estas questões. Talvez um dia, quem sabe, os terroristas mudem de nome ou apelido e as vítimas se somem num imenso número de pessoas crentes e de boa fé.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tendo em conta que o senhor Bush chegou ao poder graças a manipulações eleitorais dos seus
parentes e sócios e que a guerra do Iraque foi planejada por razões
econômicas com o objetivo de obter o petróleo desse país; Já não me admira até que ponto a mente doentia do Bush pode chegar para
defender sua nação criando um clima anti terrorismo e justificar a invasão do Iraque.
Eu ainda acredito na Justiça... e acredito que tudo o que fazemos é aqui na terra que pagamos...
E Pk à justiça... esse senhor vai pagar pelo sangue de milhares de inocentes.

Maria Carvalho disse...

Perguntas pertinentes. Beijos.

Zeca disse...

Comprendo o teu ponto de vista no entanto acho que o "target" é Bin Laden e o bando de terroristas. Não podemos comparar um assassino louco com um presidente de um país democrático, livremente eleito pelos seus concidãos, ou será que os EUA não é uma democracia?
Não podemos rastejar perante terroristas utilizando o argumento "vamos lá conversar, que é a conversar que as pessoas se entendem", esta seria a maneira normal de resolver os problemas mas com pessoas da laia de Bin Laden e dos seus seguidores conversar não é argumento.
Qualquer dia só falta dizer que foi George W. Bush que mandou executar tão maquiavélico plano.
Por detrás de tudo isto está a crueldade de extremistas, para os quais morrer 3 ou 3.000 pessoas é indiferente, maldito ódio!!!