segunda-feira, outubro 02, 2006

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Desde o momento em que iniciei esta pequena aventura de ter um blog, já lá vai a centena de posts, uma moderada quantidade de centelhas que têm saltado com alguma irregularidade da pequena fogueira de sentimentos e de vontades a que me tenho remetido num abandono total ao que penso, sem preocupações de estilo ou modo.


Confesso que o entusiasmo mantem-se o de outrora, neste lugar de onde vejo passarem caravanas de textos e de gentes, ora com agrados e cumprimentos, ora com desagrados ou ironia.
A todos acolho de peito aberto sem que em algum momento responda, porquanto seja este um lugar onde me exponho à leitura, e o debate outros espaços e lugares guardem, no respeito nas opiniões e divagares de cada um.

Confesso que a surpresa aqui me encontrou em cada cruzamento de caminhos e entendimentos. Aqui encontrei excelência no escrever e no sentir de outros que leio.

Aqui me lancei cem vezes na admiração e na alma de quem sabe chegar aos demais, apenas por saber fazê-lo como ninguém.
Aqui vi gente ignorante, ensinando e sábios na eterna condição de aprendizes.
Aqui vi gente solidária mesmo que sós e gente na multidão aprisionada dentro de si.
Aqui vi gente chorando enquanto sorria e risos soltos por entre a tristeza onde estavam.
Aqui vi gente simples que são bem mais do que eu e gente feita no saber que sabem menos do que quero eu saber.
Aqui vi cordeiros na pele de lobos e lobos que se acercam de cordeiros.

A todos vi, mas a alguns recordo em cada linha que escrevo, em cada resposta que não dou a cada um e a todos os comentários que arremeçam, em cada momento que alimento a fogueira de onde nasce o que escrevo.
A todos ofereço cada palavra e cada frase que por aqui lanço como dados, numa mesa de um jogo que não sei jogar, porque cada letra que vos remeto é um pouco de mim que se esvai neste espaço que vos dedico.
Aos que frequentemente aqui vêm, inclino-me na simplicidade de ser para eles que mais escrevo e mais recordo a cada momento em que registo o que sinto.

Aos que duvidam, vos digo que tudo aqui foi sentido e vivido, porque não sei ser diferente.

2 comentários:

Luna disse...

como eu te entendo, tamém eu não sei ser de outra maneira.
Beijos

Anónimo disse...

Não sei bem se és tu que te deves inclinar sobre nós, fãs... Se nós por termos a possibilidade de te apreciar.
Que sejam muitos os posts que se sigam a este... para nosso deleite e encanto.
E pk assim como tu o que digo é e sempre será algo sentido... não por ser diferente, mas por ser... genuina na arte de sentir... deixo um beijo carregado de carinho o mesmo que dedico às pessoas de quem gosto.