Venha o Diabo e escolha
Portugal, à semelhança de outros países, na sua maioria do terceiro mundo, continua a ser um palco de vaidades, para políticos, dos quais o discurso pouco varia e a credibilidade se vai dissipando num nevoeiro de falsa esperança, para um pouvo que ainda espera por D. Sebastião.
Mário Soares, do alto da sua provecta idade volta à carga da presidência da república, num altruísta sacrifício pela Nação cujo esforço exigido, condimentado com alguma idónea arrogância, lhe permitiria, quem sabe, espraiar-se naquilo que tanto gosta de fazer, viajar.
Cavaco Silva, o eterno pseudo-candidato à espera de concorrer quando não o tenha de fazer, isto é, quando saiba à partida que a vitória é certa. Entretanto vai mantendo a candidatura em banho maria, aquecido por uma fogueira de lições de uma cátedra oportunista.
Manuel Alegre, dos três, para muitos o mais inconstante e imprevisível, enquadra-se no trio como reduto dos que do centro à esquerda se prefilam e do clã Soares se sentem desamados. Cabe-lhe o merecimento de lisura numa candidatura a que poucos honestos de afoitam.
Dos demais candidatos, que outras venturas mobilizam, do Partido Comunista ao Bloco de Esquerda, movem intenções que a vitória não dará testemunho.
2 comentários:
ihihihi..
Ruizito no melhor da sua ironia em condizente estilo das clássicas cantigas de "escárnio e maldizer"!
ADOREI! ;-)
Apesar de tudo...não conheço um Poeta que seja um bom político.
Incompatíveis, a meu ver.
Salve-se a Poesia, se tiver que se salvar alguma coisa.
Este País é muito curioso!
Faz falta um Almada Negreiros!
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maat
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