domingo, janeiro 01, 2006

2006 - Um novo ano novo


10 ... 9 ... 8 ... 7 ... 6 ... 5 ... 4 ... 3 ... 2 ... 1 ... 2006

Os últimos momentos foram rompendo-se como fios de seda do casulo formado pelo ano que se extinguia como a luz da derradeira vela no altar dos deuses.
Um corpo ora disforme foi emergindo na conformidade da sequência do tempo e as asas foram estendendo-se para abraçar todo o ar que o peito era incapaz de conter, enquanto nas veias o leite e o mel procuravam recuperar uma nova vida ainda por inventar.
Finalmente o tempo chegou no momento em que os olhos voltaram a abrir-se para olhar o horizonte onde a alma já esperava pelas asas que partiram num novo vôo.

5 comentários:

Maria Carvalho disse...

Através de um fio de seda sucedem as coisas mais maravilhosas da Vida!! Beijinhos, gostei muito de te ler, como sempre.

Maria Azenha disse...

fiel às asas que se sentem neste "deserto", aqui venho repousar do voo quotidiano.

deixo-lhe esta paisagem de intervalo nas palavras de Raul Brandão:

" O que tu vês é belo; mais belo o que suspeitas; e o que ignoras muito mais belo ainda."



***
maat

Poesia Portuguesa disse...

Espero que não te importes que tenha levado "emprestado" o delicioso poema que postaste no Natal e que já coloquei no Poesia Portuguesa. Algum inconveniente, retirarei de imediato o Poema.
Um abraço e Feliz 2006 ;)

SDF disse...

e parabéns pela mudança de visual. Gosto!

Maria Carvalho disse...

Adorei a tua paródia...parodiando...foste querido! Palavra. Preciso de ouvir, de ler coisas assim lindas, do coração. Beijinhos, tenho pena que não vás ao jantar. Era um pretexto para te ver de novo.