A culpa foi de Cristo ?!
Há dias ouvi na televisão que as certidões de óbito têm uma validade de 3 (três) meses.
Pois, a maior parte das pessoas dirá que quem determinou a validade das certidões de óbito estava louco ou mesmo embriagado.
Mas não, tratou-se mesmo de uma legislação cautelosa e culta, com uma daquelas culturas que raramente se encontra, tão guardadas estão, que só emergem para actos heróicos, dignos da melhor nata de decisores políticos (claro que não estou a falar de George Bush, mas de algo parecido, em termos de inteligência).
Foi de facto alguém com a visão milenar da experiência.
Pois digam-me lá o que teria acontecido com a certidão de óbito de Cristo ? E a de Lázaro ? E a de provavelmente mais alguns que Cristo possivelmente terá ressuscitado ? Ainda por cima, com a agravante de afirmar que todos se voltariam a ver após a morte.
Claro que o legislador ficou chateado e preocupado com tudo isto, que alguns ainda afirmam.
Sim, Cristo, esse cidadão subversivo que ia contra a ordem instituída, que provavelmente também teria expulso dos templos políticos actuais, muitos funcionários que conhecemos, quando exigem IVA a quem facturou e não recebeu, que teria expulso legisladores que exigem multas insensatas, que teria expulso governantes que se deixam conduzir a alta velocidade nas nossas ruas enquando punem severamente os restantes condutores.
Sim, está escrito o suficiente para determinar a culpa de Cristo, acompanhada dos milhões de fiéis igualmente culpados, que sustenta que os nossos legisladores têm razão na validade das certidões de óbito, talvez no receio, ou na esperança de que, sei lá, alguém do passado ressuscite, para lhes fazer coro num hino ao ridículo.
4 comentários:
Venho trazer um simples Abraco e, LER do muito que nao tenho LIDO!
_Vou continuar a leitura.As minhas palavras, estao "emperradas e opacas"!
_OPTIMA PRIMAVERA*, PARA SI*!
Heloisa B.P.
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Ao fim de 3 meses, ressuscita-se. Este país é piloto...
Eu pensava que uma certidão de óbito era para sempre!!! Há cada cabeça mais iluminada que parece uma triste anedota. Sem palavras. Beijinhos, Rui.
Não é verdade Rui, as certidões de óbito são válidas para sempre. Os nossos ministros da justiça não são assim tão maus. Um abraço.
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