Dinastias ...
Apesar de as hostes monárquicas não encontrarem em mim, conhecedor de lógica assumida para tal forma de governar, não significa que o "hábito" torne em "monges" republicanos os que este regime professem.
Quase todos conhecemos o actual pretendente ao trono de Portugal, Don Duarte Pio, Duque de Bragança. Quase todos assistimos ou fizémos parte de expontâneas encenações, fazendo daquela pacata e aparentemente simpática e culta figura, alvo de chacota circunstancial. Ultrages a que a mesma, indiferente, remete ao sorriso calmo e sereno com que convive, mesmo com os que se confessam do outro lado da barricada política.
Talvez aquela serenidade venha de ver a ponte "Vasco da Gama", da principal rotunda de Lisboa "Marquês de Pombal", do centro comercial "Colombo", da casa "Pia", das escolas "rainha D. Leonor" e "rainha D. Amélia" e outras referências ao passado, que o presente não consegue ombrear, mesmo em períodos idênticos de governação. De facto, reconheçamos que perante D. Afonso Henriques, D. Diniz, D. Manuel I e a Ínclita Geração e Marquês de Pombal, a maioria dos governantes do nosso tempo, não passam de políticos da triste figura em posturas de velhos do Restelo, que nenhum Cervantes nem Camões, envergonhados, se atreveriam a imortalizar.
Com efeito, em oposição política à dinastia que o pretendente ao trono de Portugal pretende recuperar, nos submetemos a ciclos políticos que sistematicamente se renovam e renascem, ainda que não por direito de sucessão, mas por convénios de favores e conveniências pessoais.
Assim, a dinastias familiares, alimentamos dinastias políticas, com acólitos que frequentemente a dignidade desconhece, na arrogância do incumprimento do seu dever, perante os que submissos, os alimentam, como já outrora o faziam a outros, reconheço que muitas vezes, com mais sentido de Estado.
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