domingo, dezembro 10, 2006

Morreu o canalha, ... vivam as vítimas

Sempre fui pela preservação da Vida de quem quer que seja e sempre considerei a pena de morte como um acto indigno e um atentado à dignidade humana.
Sempre me achei incapaz de matar alguém, que não fosse em desespero de causa e nessa situação, fá-lo-ia sem hesitar, ainda que pudesse vir-me a arrepender mais tarde.

Contudo, creio que até estas convicções quase perdem sentido perante algumas pessoas que ao longo dos tempos têm aparecido na História mundial, quase sempre secundados de seguidores e acólitos devotos, só equiparáveis ao esterco que denuncia o trajecto dos mais imundos seres a que a má sorte deu vida.

Pinochet, Hitler, Estaline, Mussolini, Franco, Sadam Hussein, Mao-Tse-Tung e tantos outros que como eles, marcaram a sua vida com a tortura, a violação, o rapto e o assassínio de multidões de homens, mulheres e crianças, quase sempre, apenas por serem ou pensarem de modo diferente.

Nunca me vangloriei com a morte de ninguém, mas confesso que a morte de um canalha como Pinochet não me dá pena alguma, que não seja a de não se ter feito justiça, por não ter respondido pelos crimes que cometeu directa e indirectamente.
A imunidade de Pinochet ao longo destes anos, assume-se como bandeira da indiferença e cumplicidade de quem pode intervir e não o faz, na defesa dos direitos humanos.

Maldito sejas Pinochet, tu e quantos te apoiaram, e que as chamas do crematório te queimem o corpo e a alma. Que por mil reencarnações que tenhas, se as tiveres, cumpras em ti próprio o sofrimento que infligiste aos demais e nessas penas te acompanhem do mesmo modo, todos quantos agiram como tu.

Não comemoro a tua morte, mas comemoro a libertação do mundo de tal vil criatura, em memória dos que sofreram por tua causa.

2 comentários:

DarkViolet disse...

É preciso não esquecer o pol pot também

Anónimo disse...

quanto sangue fora derramado… lágrimas, gritos de desespero… morrer sem saber o futuro dos filhos… viver sem conhecer a vida dos pais… olhar o céu com os olhos raiados de lágrimas… pedir ao Grande Arquitecto uma morte rápida… pedir o fim de mais uma tortura… pedir morrer, para não sofrer…

estes são os pensamentos que guardo deste senhor…

Ricardo