Em 2006, a caminho de 2007
Aqui fui rindo do cómico, aqui abracei as causas e convicções e chorei com os inocentes. Aqui não calei quando falar foi mais importante e guardei silêncio quando não dizer nada foi mais evidente.
Mas desta feita, não vou procurar, nem justiça nem magnanimidade para dizer que 2006 me trouxe e deu neste espaço, alegrias e tristezas, contentamentos e desilusões e que provavelmente 2007 será igual também, nas primeiras, que guardo e nas segundas, que esqueço.
Não vou esconder que não poucas vezes disse aqui o que não dissera antes, e lera aqui o que antes não me houvera sido escrito.
Guardo assim, comigo o sabor dos tempos em leitura:
- com os ensinamentos da adorável Maat no seu "Arde o Azul" e outros blogs, em que o corpo procura alcançar o caminho que o coração trilhou diante, pois estamos diante de Mestre nas artes da vida e do estar aqui. Tem sido uma oportunidade e contentamento únicos aprender com quem o sabe também e sobretudo, sabe dar e transmitir. Inclino-me perante uma alma assim e beijo-lhe as mãos num gesto que apenas guardo para uma Mãe;
- com o sentimento e paixão em carne viva na escrita da Ana Luar no seu blog do mesmo nome, onde escrever se sente natural e forte como respirar, e em que cada texto é quase um grito silenciado. Conhecer a Ana tem sido descobrir alguém diferente e muito especial, como descobrir alguém que se encanta com o encanto do que a rodeia, na maravilha das coisas que se descobrem ser ela própria;
- com os despertares para as coisas que nos rodeiam, com que a Cristina no seu "Contra-Capa" nos acorda para o que é importante, mesmo nas coisas mais sublimes. Tornou-se este, um dos espaços meus favoritos, onde menos comento, porquanto as minhas palavras seriam apenas de sublinhar o que já houvera sido dito e com pouco mais a dizer que não fosse aplaudir a sensatez daquele espaço;
- com os poemas de fio a pavio da Paula Raposo no seu "As romãs da Paula" que cessou para dar lugar ao "O eco das palavras", onde o acto de escrever se lhe revê como uma extensão natural de viver, e os livros escritos e a escrever, são verdadeiras sessões de sentimentos envoltos em poesia;
- com os textos de encanto e ensinamento do "Alquimista" que prendem à atenção e nos fazem voltar em cada volta da saudade de aprender;
- com os textos e imagens da Maria do Céu no "A direcção do vôo". Textos e imagens simples onde cada um leia e descubra o desafio do que entenda, que difícil seria imaginar o original do recolhimento da autora;
- com os textos da sorridente Risoleta no seu "Riso cor de Tejo" onde o encanto dos mesmos se assemelha ao sorriso franco e terno da própria autora;
- com tantos outros espaços por onde me espreguiço frequentemente e de igual agrado que não os mencionar todos aqui, acentua a minha culpa por tal não fazer;
- com os comentários mais e menos agradáveis de todos quantos se deram a tal tarefa e que desapercebidos não passaram, mas antes desejados se tornaram, quais Luna, Menina Marota, Simplesmente Louco, Dreams e tantos outros igualmente pertinentes e importantes.
Ergo a minha taça e brindo com cada um de vós, o caminho para um novo ano.